Leituras Espirituais


Leituras Espirituais para Conferências Vicentinas,
Mensagens, Histórias que Ensinam, Lições de Vida.


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A Casa
     Um velho pedreiro estava para se aposentar. Ele contou ao seu patrão seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma vida mais calma com sua família.
     Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria.
     O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial.
     O pedreiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e se utilizou de mão-de-obra e matérias-primas de qualidade inferior.
     Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.
     Quando o pedreiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao pedreiro. "Esta é a sua casa", ele disse, "meu presente para você".
     Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado.
     Agora ele teria de morar em uma casa feita de qualquer maneira.
     Assim acontece conosco. Nós construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor.
     Nos assuntos importantes nós não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, nós olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos. Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente.


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O Verdadeiro Amor
     Um homem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava mais a sua esposa e que pensava em separar-se.
     O sábio escutou-o, olhou nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra:
     -"Ame-a!" E logo se calou.
     - Mas, já não sinto nada por ela!
     - " Ame-a", disse-lhe novamente o sábio.
     E diante do desconcerto do senhor, depois de um breve silêncio, o sábio explicou:
     - Amar é uma decisão, não um sentimento; amar é uma dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim... Ame seu par, ou seja; aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê-lhe afeto e ternura, admire e compreenda-o... Isso é tudo: ame!
     E concluiu: Veja o que é a vida sem amor:

     - A inteligência sem amor, te faz perverso.
     - A justiça sem amor, te faz implacável.
     - A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
     - O êxito sem amor, te faz arrogante.
     - A riqueza sem amor, te faz avaro.
     - A docilidade sem amor te faz servil.
     - A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
     - A beleza sem amor, te faz ridículo.
     - A autoridade sem amor, te faz tirano.
     - O trabalho sem amor, te faz escravo.
     - A simplicidade sem amor, te deprecia.
     - A oração sem amor, te faz introvertido.
     - A lei sem amor, te escraviza.
     - A política sem amor, te deixa egoísta.
     - A fé sem amor te deixa fanático.
     - A cruz sem amor se converte em tortura,
     e a vida sem amor... não tem sentido.

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Aprendendo a Viver

(Autor desconhecido)

     Você receberá um corpo físico.
     Você pode amá-lo ou detestá-lo, mas ele será seu ao longo de toda a sua existência.
     Você receberá lições.
     Você estará matriculado na escola da vida em período integral.
     Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa.
     Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente.
     Não há erros, apenas lições.
     O crescimento é resultado de um processo de tentativa e erro: Uma experimentação.
     Os experimentos fracassados são tão parte do processo, quanto os experimentos que funcionam.
     Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida.
     Esta lição será apresentada a você sob várias formas até que você a tenha aprendido.
     Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição.
     Aprender lições é um processo interminável.
     Não há nenhum evento na vida que não contenha uma lição.
     Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender.
     Lá não é melhor que aqui.
     Quando o seu lá se transformar em aqui, você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui.
     Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem.
     Você não pode amar ou detestar alguma coisa em outra pessoa, sem que isso reflita alguma coisa que você ama, ou detesta em si mesmo.
     É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida.
     Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa.
     O que faz com eles, é problema seu.
     A escolha é sua.
     As respostas estão dentro de você.
     As respostas às questões da vida estão dentro de você.
     Tudo que você tem a fazer é:

     PRESTAR ATENÇÃO, OUVIR E CONFIAR.



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Os dois Lobos

 
     Um velho Avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça:
     "Deixe-me contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio àqueles que 'aprontaram' tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos". E ele continuou: "É como se existissem dois lobos dentro de mim.
     Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira!
     Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo.
     Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes.
     É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma!
     Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito".
     O garoto olhou intensamente nos olhos de seu Avô e perguntou: "Qual deles vence, Vovô?"
     O Avô sorriu e respondeu baixinho:

     "Aquele que eu alimento mais freqüentemente".

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A Borboleta

     "Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
     Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
     Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
     A borboleta então saiu facilmente.
     Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas.
     O homem continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar a tempo.
     Nada aconteceu!
     Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.
     Ela nunca foi capaz de voar.
     O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
     Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.
     Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.

     Eu pedi forças... e Deus deu-me dificuldades para fazer-me forte.
     Eu pedi sabedoria... e Deus deu-me problemas para resolver.
     Eu pedi prosperidade... e Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar.
     Eu pedi coragem... e Deus deu-me obstáculos para superar.
     Eu pedi amor... e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar.
     Eu pedi favores... e Deus deu-me oportunidades.
     Eu não recebi nada do que pedi... mas eu recebi tudo de que precisava.

     Viva a vida sem medo, enfrente todos os obstáculos e mostre que você pode superá-lo

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A Casa Queimada
     Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem que acreditava em Deus, e sabia que Ele o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.
     Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada. Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.
     Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
     - "Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?"
     Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
     - "Vamos rapaz?"
     Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
     - "Vamos rapaz, nós viemos te buscar".
     - "Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?"
     - "Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante."
     Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.


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Não Esqueça o Principal


     Conta a lenda, que certa vez uma mulher pobre com uma criança no colo, ao passar diante de uma caverna, escutou uma voz misteriosa que lá de dentro dizia:
     - "Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não esqueça o principal. Lembre-se porém de uma coisa: depois que você sair, a porta se fechará para sempre! Portanto, aproveite a oportunidade, mas não esqueça o principal..."
     A mulher entrou na caverna, e lá encontrou muitas riquezas.
     Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar ansiosamente tudo o que podia em seu avental.
     A voz misteriosa então, falou novamente:
     - "Você só tem oito minutos."
     Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou...
     Lembrou-se então, que a criança ficara lá dentro e que a porta estava fechada para sempre!
     A riqueza durou pouco, e o desespero durou para toda a vida.

     O mesmo acontece às vezes conosco.
     Temos muitos anos para vivermos neste mundo e uma voz sempre nos adverte:
     - "Não esqueça o principal!"
     E o principal são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida!
     Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais nos fascinam tanto, que o principal vai ficando sempre de lado...
     Assim, esgotamos o nosso tempo aqui e deixamos de lado o essencial:
     "Os tesouros da alma..."
     Que jamais esqueçamos que a vida neste mundo passa rápido, e que a morte pode chegar inesperadamente.
     E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerão as lamentações.
     Portanto...
     Que jamais esqueçamos o principal!



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O Pacote de Bolachas


     Era uma vez uma moça que estava à espera de seu vôo, na sala de embarque de um grande aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu vôo, resolveu comprar um livro para matar o tempo. Comprou também um pacote de bolachas.
     Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem. Quando ela pegou a primeira bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada.
     Apenas pensou:
     "Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse!!!
     A cada bolacha que ela pegava, o homem também pegava uma. Aquilo a deixava tão indignada que não conseguia nem reagir.
     Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: "O que será que este abusado vai fazer agora?"
     Então o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela.
     Ah!!! Aquilo era demais!!! Ela estava bufando de raiva! Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas e se dirigiu ao local de embarque.
     Quando ela se sentou, confortavelmente, numa poltrona já no interior do avião, olhou dentro da bolsa para pegar uma bala, e, para sua surpresa, o pacote de bolachas estava lá... ainda intacto, fechadinho!!! Ela sentiu tanta vergonha! Só então ela percebeu que a errada era ela, sempre tão distraída!
     Ela havia se esquecido que suas bolachas estavam guardadas, dentro da sua bolsa... O homem havia dividido as bolachas dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar dividindo as dela com ele.
     E já não havia mais tempo para se explicar... nem para pedir desculpas...

     Refletindo: Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo as bolachas dos outros, e não temos a consciência disto? Há quem proceda de forma muito diferente da que nós gostaríamos.
     Isso tira a nossa calma e nos dá a impressão de que ninguém faz nada certo.
     Antes de concluir, observe melhor!
     Talvez a coisas não sejam exatamente como você pensa!
     Não pense o que não sabe sobre as pessoas.



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O Pote Rachado

     Um carregador de água da Índia levava dois potes grandes. Ambos estavam pendurados em cada ponta de uma vara, a qual ele carregava atravessada em seu pescoço.
     Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. Enquanto isso, o pote rachado chegava apenas pela metade.
     Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe.
     É claro que o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.
     Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:
     - Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.
     - Por quê? - perguntou o homem - De que você está envergonhado?
     - Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços - disse o pote.
     O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
     - Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.
     De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo.
Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.
     Disse o homem ao pote:
     - Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho? Notou ainda que a cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor.
     Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.

      Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos.
     Todos nós somos potes rachados.
     Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar nossos defeitos para embelezar a mesa de seu Pai.
     Na grandiosa economia de Deus, nada se perde.
     Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos.
     Basta reconhecermos nossos defeitos e eles com certeza embelezarão a mesa de alguém...
     Das nossas fraquezas, devemos tirar nossa maior força...



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O Monge e o Escorpião


     Há um conto de um monge que certa vez transitava por uma estrada com os discípulos dele, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.
     Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada.
     Eles tinham assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
     - Mestre deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse, seria um a menos. Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou a mão que o salvara. Não merecia sua compaixão!
     O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
     - Ele agiu conforme a natureza dele, e eu de acordo com a minha.





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A Lenda das Três Árvores


     Havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
     A primeira, olhando as estrelas, disse: "Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros".
     A segunda, olhando o riacho, suspirou: "Eu quero ser um navio grande para transportar reis e rainhas".
     A terceira olhou para o vale e disse: "Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem os olhos e pensem em Deus".
     Muitos anos se passaram e certo dia três lenhadores cortaram as árvores que estavam ansiosas em ser transformadas naquilo que sonhavam. Mas os lenhadores não costumavam ouvir ou entender de sonhos... Que pena!
     A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.
     A segunda virou um simples barco de pesca,carregando pessoas e peixes todos os dias.
     A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito.
     Então, desiludidas e tristes, as três perguntaram: Por que isso?
     Entretanto, uma bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho de animais. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
     A segunda árvore estava transportando um homem que acabou por dormir no barco em que se transformara. E quando uma tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse: "Paz!"
     E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o rei do céu e da terra!
     Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo sentiu-se horrível e cruel. Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria.
     E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de seu filho ao olharem para ela.
     As árvores haviam tido sonhos e desejos. Mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.



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As Três Peneiras...


     Olavo foi transferido de projeto.
     Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:
     - Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
     Nem chegou a terminar a frase, e o chefe, aparteou:
     -Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das Três Peneiras...
     - Peneiras Que Peneiras, Chefe?
     - A primeira, Olavo, é a da VERDADE.
     Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
     - Não. Não tenho, não. Como posso saber O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que...
     E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
     - Então sua história já vazou a primeira peneira.
     Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
     - Claro que não! Deus me livre, Chefe! - diz Olavo, assustado.
     - Então, - continua o chefe - sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?
     - Não chefe. Pensando desta forma, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - fala Olavo, surpreendido.
     -Pois é Olavo! Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras. - diz o chefe sorrindo e continua:
     - Da próxima vez em que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo das Três Peneiras: VERDADE - BONDADE - NECESSIDADE

      Antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:

     PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS
     PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS
     PESSOAS MESQUINHAS FALAM SOBRE PESSOAS



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A Flor da Honestidade


     Certa vez um príncipe que queria se casar e então decidiu fazer uma disputa entre as moças da cidade para ver quem seria sua esposa.
     No dia seguinte, o príncipe anunciou que lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os sobre os preparativos, ficou triste, pois sua filha amava em secreto o belo príncipe.
     Ao chegar a casa e contar sobre o desafio a jovem disse que também disputaria casar com o príncipe.
     A senhora perguntou surpresa:
     - Minha filha, o que você vai fazer lá ? As mais belas e ricas moças da cidade estarão disputando.
     Mas a jovem não desistiu.
     Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:
     - Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura princesa.
     O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade na arte da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, para poder realizar o seu sonho de casar com o príncipe.
     Passaram-se três meses e nada surgiu.
     A jovem tentava de tudo, usava de todos os métodos que conhecia, mas nada crescia.
     Dia após dia. Seis meses se passaram e nada havia brotado.
     Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente da semente não ter brotado, ela voltaria ao palácio, na data e hora combinadas, para ao menos ficar ao lado do príncipe.
     Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, e as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores.
     Finalmente o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção.
     Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela e humilde jovem, que estava com o vaso vazio, como sua futura esposa.
     As pessoas presentes ficaram surpresas e revoltadas. Ninguém entendeu porque ele escolheu justamente a moça que não tinha cultivado nada.
Então, calmamente o príncipe esclareceu:
     - Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma princesa. A flor da honestidade. Pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.



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A Vaquinha

     Um mestre da sabedoria passava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou, ao longe, um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, mesmo com as pessoas que mal conhecemos.
     Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar. Sem saneamento, casa de madeira. Os moradores, um casal e cinco filhos, estavam vestidos com roupas rasgadas e sujas.
     O Mestre aproximou-se do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:
     – Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem?
     E o senhor calmamente respondeu:
     – Nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos, e a outra parte, produzimos queijo e coalhada para nosso consumo. Assim vamos sobrevivendo.
     O Mestre agradeceu a informação, contemplou o lugar por alguns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho, voltou-se para seu fiel discípulo e ordenou:
     – Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá embaixo.
     O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do Mestre, cumpriu a ordem. Empurrou a vaquinha precipício abaixo e a viu morrer.
     Aquela cena ficou marcada em sua memória durante anos. Atormentado pela cena, resolveu largar tudo o que estava fazendo, muitos anos depois, e voltou àquele lugar decidido a contar tudo e implorar perdão à família.
     Ao se aproximar do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, carros na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Sentiu-se triste e desesperado imaginando o triste fim que tivera aquela humilde família, após o fatal “acidente” com a vaquinha.
     Ao chegar no portão, foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há alguns anos atrás.
     O caseiro respondeu:
     – Continuam morando aqui.
     Espantado, ele entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o Mestre. Elogiou o local e perguntou ao homem:
     – Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida agora?
     O senhor entusiasmado, respondeu:
     – Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. A partir de então, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver novas habilidades que não sabíamos possuir, e assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

     “Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para a sobrevivência e convivência com a rotina. Descubra qual a sua. Aproveite este momento e empurre sua vaquinha precipício abaixo.”



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As Duas Jóias


    
Narra antiga lenda árabe, que um rabino, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família.
Esposa admirável e dois filhos queridos.
Certa vez, por imperativos da religião, o rabino empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.
No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.
A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor.
No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.
Todavia, uma preocupação lhe vinha a mente: como dar ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.
Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.
Alguns dias depois, num final de tarde, o rabino retornou ao lar.
Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...
Ela pediu para que não se preocupasse.
Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços. Alguns minutos depois, estavam ambos sentados à mesa.
Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.
A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido:
- Deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
O marido, já um pouco preocupado perguntou:
- O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.
- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?
- É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas!
- Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
- Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!
E o rabino respondeu com firmeza: ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!
- Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.
- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido.
Na verdade isso já foi feito. As jóias preciosas eram nossos filhos.
- Deus os confiou a nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los.
Eles se foram...
O rabino compreendeu a mensagem.
Abraçou a esposa, e juntos derramaram muitas lágrimas.

Quantas vezes tomamos posse de algo que não nos pertence???
Talvez nossas vidas fossem muito mais calmas se entendêssemos que tudo que temos foi concedido por Deus...



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A História do Pato



Havia dois irmãos que visitavam seus avós no sítio, nas férias.

Felipe, o menino, ganhou um estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar o alvo.

Certa tarde, viu o pato de estimação da vovó... Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e o matou. Ele ficou chocado e triste!

Entrou em pânico e escondeu o pato morto no meio da madeira! Beatriz, a sua irmã viu tudo mas não disse nada aos avós.

Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça?"

Mas ela disse: "Vovó, o Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele sussurrou: "Lembra do pato?" Então o Felipe lavou os pratos.

Mais tarde o vovô perguntou se as crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a Beatriz me ajude a fazer o jantar." Beatriz apenas sorriu e disse, "Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar a fazer o jantar hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra do pato?" Então a Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.

Após vários dias o Filipe sempre ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não aguentando mais, confessou para a avó que tinha matado o pato. A vovó o abraçou e disse: "Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a Beatriz fazer você de escravo!"

Qualquer que seja o seu passado, ou o que você tenha feito... (mentir, enganar, seus maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc )... seja o que for... você precisa saber que Deus estava na janela e viu tudo como aconteceu.

Ele conhece toda a sua vida... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você já está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um escravo.



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Parábola do Cachorrinho

(Autor desconhecido)


O dono de uma loja estava colocando um anúncio na porta: “Cachorrinhos à venda”. Esse tipo de anúncio sempre atrai as crianças, e logo um menininho apareceu na loja perguntando:
– Qual é o preço dos cachorrinhos?
O dono respondeu: – Entre R$ 30,00 e R$ 50,00.
O menininho colocou a mão em seu bolso e tirou umas moedas: – Só tenho R$2,37… posso vê-los?.
O homem sorriu e assobiou.
De trás da loja saiu sua cachorra correndo seguida pôr cinco cachorrinhos.
Um dos cachorrinhos estava ficando consideravelmente para trás.
O menininho imediatamente apontou o cachorrinho que estava mancando.
- O que aconteceu com esse cachorrinho??? - perguntou.
O homem lhe explicou que quando o cachorrinho nasceu, o veterinário lhe disse que tinha uma perna defeituosa e que andaria mancando pelo resto de sua vida.
O menininho se emocionou muito e exclamou: – Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!
E o homem respondeu: – Não, você não vai comprar esse cachorro, se você realmente o quer, eu te dou de presente.
O menininho não gostou, e olhando direto nos olhos do homem lhe disse:
- Eu não quero que você me dê de presente.
Ele vale tanto quanto os outros cachorrinhos e eu pagarei o preço completo.
Agora vou lhe dar meus R$ 2,37 e a cada mês darei R$ 0,50 até que o tenha pago por completo.
O homem respondeu: – Você não quer de verdade comprar esse cachorrinho, filho. Ele nunca será capaz de correr, saltar e brincar como os outros cachorrinhos. O menininho se agachou e levantou a perna de sua calça para mostrar sua perna esquerda, cruelmente retorcida e inutilizada, suportada por um grande aparato de metal.
Olhou de novo o homem e lhe disse: – Bom, eu também não posso correr muito bem, e o cachorrinho vai precisar de alguém que o entenda.
O homem estava agora envergonhado e seus olhos se encheram de lágrimas… sorriu e disse:
- Filho, só espero e rezo para que cada um destes cachorrinhos tenham um dono como você.

Moral: Na vida não importa como és, mas que alguém te aprecie pelo que és, e te aceite e te ame incondicionalmente.

Um verdadeiro amigo é aquele que chega quando o resto do mundo já se foi…



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A Renovação da Águia


A águia é a ave que possui maior longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos.
Mas para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos quarenta ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!
Então a águia só tem duas alternativas: Morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinquenta dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.
Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só cinco meses depois sai o formoso vôo de renovação e para viver então mais trinta anos.
Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes, velhos hábitos que nos causam dor.
Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que a renovação sempre nos traz.

"Se alguém está com Cristo é uma nova criatura; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo." – 2 Coríntios 5,17




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O Presente



Nada na vida acontece em vão ...
Se um dia ao acordar, você encontrasse, ao lado da sua cama, um lindo pacote embrulhado com fitas coloridas, você o abriria, antes mesmo de lavar o rosto, rasgando o papel, curioso para ver o que havia dentro...
Talvez houvesse ali algo de que você nem gostasse muito... Então você guardaria a caixa, pensando no que fazer com aquele presente aparentemente "inútil"...
Mas no dia seguinte, lá está outra caixa... mais uma vez, você abre correndo e dessa vez há alguma coisa da qual você gosta muito...
Uma lembrança de alguém distante, uma roupa que você viu na vitrine, a chave de um carro novo, um casaco para os dias de frio ou simplesmente um ramo de flores de alguém que se lembrou de você...
E isso acontece todos os dias, mas nós nem percebemos...
Todos os dias quando acordamos, lá está, à nossa frente, uma caixa de presentes enviada por Deus, especialmente para nós: um dia inteirinho para usarmos da melhor forma possível!
Às vezes ele vem cheio de problemas, coisas que não conseguimos resolver, tristezas, decepções, lágrimas...
Mas outras vezes, ele vem cheio de surpresas boas, alegrias, vitórias e conquistas...
O mais importante é que, todos os dias, Deus embrulha para nós, enquanto dormimos, com todo o carinho, nosso presente: O DIA SEGUINTE!
Ele cerca nosso dia com fitas coloridas, não importa o que esteja por vir... a esse dia quando acordamos, chamamos PRESENTE...
O PRESENTE de Deus pra nós.
Nem sempre Ele nos manda o que esperamos, o que queremos...
Mas Ele sempre, sempre e sempre, nos manda o melhor, o de que precisamos, e que é sempre muito mais do que merecemos...
Abra seu PRESENTE todos os dias, primeiro agradecendo a quem o mandou, sem se importar com o que vem dentro do "pacote“.
Sem dúvida, Ele não se engana na remessa dos pacotes.
Se não veio hoje o PRESENTE que você esperava, espere...
Abra o de amanhã com mais carinho, pois a qualquer momento, os sonhos e planos de Deus pra você chegarão, embrulhadinhos pra PRESENTE!
DEUS não atende as nossas vontades, e sim nossas necessidades.


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Amigos


Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.
- Nunca se esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos..
Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...
Que estranho conselho! Pensou o jovem.. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. Na medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.

Passados 50 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa..
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.

MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.



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Não consigo, Pai!

(Peter Ribes)


Certo dia, o menino 10 anos e seu pai faziam uma horta atrás da casa quando deparam-se diante de uma grande pedra.
-Teremos que removê-la- disse o pai.
-Deixa que eu faço-respondeu Davi, procurando curando ser solícito. Ele tentou empurrá-la até perder o fôlego, mas a pedra permanecia no lugar.
-Não consigo- disse, admitindo sua derrota.
-Acho que consegue, se você tentar tudo que lhe vier à mente-respondeu o pai.
Davi tentou de novo até sentir os braços doerem.
- Não consigo. Realmente não consigo, pai. Tentei o máximo que pude e ela nem saiu do lugar.
- Será que você pensou mesmo em tudo?- perguntou o pai com delicadeza. Davi acenou que sim, mas seu pai balançou a cabeça.
- Não, você esqueceu-se de fazer uma coisa. Se você a fizer, você conseguirá remover a pedra.
- O que eu esqueci?- perguntou Davi, perplexo. Seu pai sorriu e disse:
-Eu estou aqui. Você poderia ter pedido minha ajuda.
-Pai, você me ajuda?
Pai e filho aplicaram toda a força do corpo contra a rocha e começaram empurrá-la. Aos poucos, conseguiram afastá-la da horta. Davi ria de felicidade.
- Conseguimos pai! Conseguimos!



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Acreditar e Agir

(Autor desconhecido)


Um viajante ia caminhando em solo distante, as margens de um grande lago de águas cristalinas. Seu destino era a outra margem.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem coberto de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
Logo seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, o viajante pode observar que se tratava de duas palavras, num deles estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro AGIR.
Não podendo conter a curiosidade, o viajante perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro respondeu pegando o remo chamado ACREDITAR e remando com toda força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo AGIR e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago chegando ao seu destino, à outra margem.
Então o barqueiro disse ao viajante:
- Esse porto se chama autoconfiança. Simultaneamente, é preciso ACREDITAR e também AGIR para que possamos alcançá-lo!




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A Loja de Deus



Certo dia uma moça entra na loja de Deus, e vê um anjo no balcão.

Maravilhada, pergunta: “Santo anjo do Senhor, o que vendes?”.

“Todos os dons de Deus”, respondeu.

“Custam muito?” - perguntou.

“São todos de graça”.

A moça contemplou a loja e viu jarros de sabedoria, vidros de fé, pacotes de esperança, caixinhas de salvação, potes de amor.

Tomou coragem e pediu: “Por favor, santo anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação para mim e para toda a minha família”.

Então, o anjo preparou um pacotinho, tão pequeno que cabia na palma da mão.

Surpresa, a moça pergunta: “Mas... como é possível estar tudo aqui?”.

Ele responde: “Minha querida irmã, na loja de Deus não vendemos frutos. Apenas sementes!”.




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A Parábola do Cavalo



Um fazendeiro que lutava com muitas dificuldades possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda.
Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos melhores cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O poço era muito profundo e seria extremamente difícil tirar o cavalo de lá.
O fazendeiro foi rapidamente até o local do acidente, avaliou a situação, certificando-se de que o animal não se havia machucado.
Todavia, pela dificuldade e alto custo para retirá-lo do fundo do poço, achou que não valia a pena investir na operação de resgate.
Tomou, então, a difícil decisão: determinou ao capataz que sacrificasse o animal jogando terra no poço até enterrá-lo, ali mesmo.
E assim foi feito.
Os empregados, comandados pelo capataz, começaram a lançar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo, mas, à medida que a terra caía em seu dorso, o animal a sacudia e ela se ia acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo.
Logo os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que, finalmente, conseguiu sair!



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A Vizinha


Em uma cidade existia uma mulher que morava sozinha, e tinha como vizinhos um casal de idosos.
Então esta mulher lavava as roupas, e as colocavam em seu varal e a senhora idosa, lá de dentro da casa dela, olhava as roupas no varal, e dizia ao marido dela:
- Olha velho, como aquela vizinha é desmazelada... as roupas dela... ela lava e ficam todas sujas!
E o velho sentado em sua cadeira de balanço, ficava quieto e não fazia comentários sobre aquilo ali.
Então a vizinha tornou a lavar as roupas e colocá-las no varal, e a velha sentada na cadeira de dentro da casa dela, comentou novamente com o velho:
- Olha, velho, aquela vizinha é muito porca, ela lava as roupas e ficam todas sujas, como que pode ser assim?
E o velho sempre lendo seu jornal, preferia não comentar. Então, um dia, o velho indignado com sua esposa, levantou-se mais cedo.
A velha nem perguntou o porque.
Então a vizinha lavou todas as roupas brancas, e deixou-as limpas, como nunca, e a velha sentada em sua cadeira fazendo tricô, e o velho lendo o jornal.
A velha comentou:
- Olha, velho, parece que a vizinha fez algum curso para aprender a lavar as roupas, ou então alguém lavou as roupas pra ela, as roupas estão branquinhas.
O velho levantou-se colocou o jornal em sua cadeira e disse para a velha:
- Não foi a vizinha que fez curso, e ninguém lavou as roupas dela, hoje quando levantei mais cedo, lavei as janelas daqui de casa.



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Conselhos



Dona Maria era uma senhora de 92 anos, elegante, bem vestida e penteada.
Estava de mudança para uma casa de repouso pois o marido, com quem vivera 70 anos, havia morrido e ela ficara só...
Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando uma atendente veio dizer que seu quarto estava pronto.
A caminho de sua nova morada, a atendente ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas de chintz florido que enfeitavam a janela.
- Ah, eu adoro essas cortinas - disse ela com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Mas a senhora ainda nem viu seu quarto...
- Nem preciso ver - respondeu ela. Felicidade é algo que você decide por princípio.
- E eu já decidi que vou adorar!
É uma decisão que tomo todo dia quando acordo.
Sabe, eu tenho duas escolhas:
Posso passar o dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...  ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
Cada dia é um presente.
E enquanto meus olhos abrirem, vou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para esta época da vida.
A velhice é como uma conta bancária: Você só retira daquilo que você guardou.
Portanto, lhe conselho depositar um monte de alegria e felicidade
na sua Conta de Lembranças.
E como você vê, eu ainda continuo depositando.

Agora, se me permite, gostaria de lhe dar uma receita.
1.   Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se preocupar com eles. Para isso ele é pago.
2.   De preferência aos amigos alegres. Os "baixo astral" puxam você para baixo.
3.   Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome do diabo é Alzheimer.
4.   Curta coisas simples.
5.   Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego.
6.   Lágrimas acontecem. Agüente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO, enquanto você viver.
7.   Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser família, animais , lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio.
8.   Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a. Se está abaixo desse nível, peça ajuda.
9.   Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado.
10. Diga a quem você ama, que você realmente o ama, em todas as oportunidades.

E LEMBRE-SE SEMPRE QUE:
A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego ...

de tanto rir ...
de surpresa ...
de êxtase ...
de felicidade!



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Construindo Pontes



Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira e grande desavença em toda uma vida e trabalho lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.
Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminha com prazer, pois se amavam.
Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem em sua porta.
Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.
- Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar.
- Sim!, disse o fazendeiro, claro que eu tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo.  - Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei o trabalho que lhe deixará satisfeito.
Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam.
Não havia qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: - Você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei!
No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.
O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado:
- Espere! Fique conosco mais alguns dias.
E o carpinteiro respondeu:
- Eu adoraria ficar, mas tenho muitas outras pontes para construir...



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O Eco



Um filho e um pai caminhavam por uma montanha...
De repente, o menino cai, machuca-se e grita: “Ai!!!!!”
Para sua surpresa, escuta sua voz se repetindo em algum lugar da montanha. “Ai!!!!!”.
Curioso o menino pergunta: “Quem é você?”.
E recebe uma resposta: “Quem é você?”.
Contrariado grita: “Seu covarde!”
E escuta como resposta: “Seu covarde!”
O menino olha para seu pai e pergunta, aflito: “O que é isso?”
O pai sorri e fala: “Meu filho, preste atenção!”
Então o pai grita em direção à montanha: “Eu admiro você!”.
A voz responde: “Eu admiro você!”
De novo grita: “Você é um campeão!”
A voz responde: “Você é um campeão!”.
O menino fica espantado, não entende.
E o seu pai explica: “As pessoas chamam isso de eco, mas na verdade isso é a vida. A vida lhe dá de volta tudo o que você diz, tudo o que você deseja de bem ou de mal aos outros. A vida lhe devolverá toda blasfêmia, inveja, incompreensão, falta de honestidade que você desejar aos outros, toda falta de carinho e de amor para com as pessoas que o cercam. Nossa vida é simplesmente o reflexo dos nossos atos e de nossas ações”.





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O Farmacêutico e a Criança



João era dono de uma bem sucedida farmácia numa cidade do interior. Era um homem bastante inteligente, mas não acreditava na existência de Deus ou de qualquer outra coisa, além do seu mundo material.
Um certo dia, ele estava fechando a farmácia quando chegou uma criança aos prantos, dizendo que sua mãe estava passando mal e que se ela não tomasse o remédio logo iria morrer.
Muito nervoso e, após insistência da criança, resolveu reabrir a farmácia pra pegar o remédio.
Sua insensibilidade perante aquele momento era tal que acabou pegando o remédio mesmo no escuro e entregando a criança que agradeceu e saiu dali às pressas.
Minutos depois percebeu que havia entregado o remédio errado pra criança e que se sua mãe o tomasse seria morte instantânea.
Desesperado, tentou alcançar a criança, mas não teve êxito.
Sem saber o que fazer e com a consciência pesada, ajoelhou-se e começou a chorar e dizer que se realmente existisse um Deus, que não o deixasse passar por assassino.
De repente, sentiu uma mão a tocar-lhe o ombro esquerdo e ao virar deparou-se com a criança a dizer: "Senhor, por favor, não brigue comigo, mas é que cai e quebrei o vidro do remédio, dá pro senhor me dar outro?".




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O Frio Que Veio de Dentro



Seis homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve.
Teriam que esperar até o amanhecer para poderem receber socorro.
Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam.
Se o fogo apagasse, eles o sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.
Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era um racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo: "Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-as protegendo-as dos olhares dos demais.
O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu, um círculo em torno do fogo bruxuleante, um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e, enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou: "Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso?"
O terceiro homem era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensinava. Seu pensamento era muito prático: "É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado.
O quarto homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Ele pensou: "Esta nevasca pode durar vários dias, vou guardar minha lenha".
O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer da lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas  alucinações para pensar em ser útil.
O último homem trazia, nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos, os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido: "Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus gravetos".
Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou.
Ao alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna, encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha.
Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: "O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro"



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O Importante é o Amor


Uma mulher saiu de sua casa e viu três homens com longas barbas brancas sentados em frente a sua casa. Ela não os reconheceu.
Ela disse: Acho que não os conheço, mas devem estar com fome.
Por favor, entrem e comam algo.
- O homem da casa está? Perguntaram.
- Não, ela disse, está fora. Então não podemos entrar - eles responderam.
A noite quando o marido chegou, ela contou-lhe o que aconteceu.
- Vá diga que estou em casa e convide-os a entrar. A mulher saiu e convidou-os a entrar.
- Não podemos entrar juntos. Responderam. Por que isto? Ela quis saber. Um dos velhos explicou-lhe: - Seu nome é Fartura. Ele disse apontando um dos seus amigos e mostrando o outro, falou:
- Ele é o Sucesso e eu sou o Amor.
E completou:
- Agora vá e discuta com o seu marido qual de nós você quer em sua casa.
A mulher entrou e falou ao marido o que foi dito.
Ele ficou arrebatado e disse:
- Neste caso, vamos convidar Fartura. Deixe-o vir e encher nossa casa de fartura.
A esposa discordou:
- Meu querido, por que não convidamos o sucesso?
A filha mais velha do casal ouvia do outro canto da casa. Ela apresentou sua sugestão:
- Não seria melhor convidar o Amor? Nossa casa então estará cheia de amor.
Atentando para o conselho da cunhada, disse o marido para a esposa:
- Vá lá fora e chame o Amor para ser nosso convidado.
A mulher saiu e perguntou aos três homens:
- Qual de vocês é o Amor?  Por favor entre e seja nosso convidado.
O Amor levantou-se e seguiu em direção à casa. Os outros dois levantaram-se e seguiram-no. Surpresa a senhora perguntou-lhes:
- Apenas convidei o Amor, por que vocês entraram?
Os velhos homens responderam juntos:
- Se você convidasse a Fartura ou o Sucesso, os outros dois esperariam aqui fora, mas como você convidou o Amor, onde ele for iremos com ele.
Onde há Amor, há também fartura e sucesso!



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O Insulto



Lá, no longínquo Oriente, vivia um grande mestre, já idoso. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro apareceu e começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto, o impetuoso guerreiro retirou-se. Desapontados pelo fato de o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
- “Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”.
O mestre respondeu:
- “Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”.
- “A quem tentou entregá-lo.” -  respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos... - disse o mestre - “Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir...”



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O Preço do Amor



Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito.
Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu:
* Cortar a grama do jardim: R$ 10,00;
* Por limpar meu quarto esta semana R$ 5,00;
* Por ir ao supermercado em seu lugar R$ 5,00;
* Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia às compras R$ 3,00;
* Por tirar o lixo toda semana R$ 7,00;
* Por ter um boletim com boas notas R$ 25,00;
* Por limpar e varrer o quintal R$ 5,00.
* TOTAL DA DÍVIDA R$ 60,00
A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa.
Finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu:
* Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida: NADA
* Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti: NADA
* Pelas preocupações e pelos prantos que me causastes: NADA
* Pelo medo e pelas aflições que me esperam por tua causa: NADA
* Por comidas, roupas e brinquedos: NADA
* Por dedicar minha vida a ti, adaptando meu trabalho, minha moradia, meu lazer: NADA
* CUSTO TOTAL DE MEU AMOR: NADA
Quando o menino terminou de ler o que sua mãe havia escrito tinha os olhos cheios de lágrimas. Olhou nos olhos da mãe e disse: "Eu te amo, mamãe!"
Logo após, pegou um lápis e escreveu com uma letra enorme:
"TOTALMENTE PAGO!"


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O Último Dia



"Aquele era seu último dia de vida, mas ele ainda não sabia disso".
Naquela manhã, sentiu vontade de dormir um pouco mais. Estava cansado, tinha deitado muito tarde e não havia dormido bem. Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco mais na cama, e levantou-se, pensando nas muitas coisas que precisava fazer na empresa. Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Não prestou atenção no rosto cansado e nem nas olheiras escuras, resultado de noites mal dormidas. Engoliu o café e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem muita convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele e vivia pedindo mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava?
Isso não bastava? Entrou no carro e saiu. Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos.
Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou para almoçar.
Ele relutou bastante: sabia que iria gostar muito de estar com o neto.
Mas não podia, naquele dia, sair da empresa. Quem sabe no próximo final de semana?
Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava lotada, e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que pessoas de valor não desperdiçam seu tempo com conversa fiada. Na hora do almoço, pediu à secretária para trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte.
Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde.
Nem observou que tipo de lanche estava mastigando.
Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar, sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer um check-up.
Mas ele logo concluiu que era um mal estar passageiro, que seria resolvido com um café forte, sem açúcar. Terminado o "almoço", escovou os dentes e voltou ao trabalho.
"A vida continua", pensou.
Mais papéis para ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir.
Saiu para uma reunião, já meio atrasado. Não esperou o elevador.
Desceu as escadas pulando os degraus de dois em dois. Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a marcha, sentiu de novo o mal estar e agora com uma dor forte no peito. O ar começou a faltar... A dor foi aumentando... O carro desapareceu...
Os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem.
A esposa, o netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas de que mais gostava.
Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto?
O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã?
A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a do arrependimento.
Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte: a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas...
Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto...
Queria... Queria... Mas não havia mais tempo!
Quantas pessoas estão vivendo hoje seu último dia de existência na Terra e não sabem disso! Certamente os compromissos profissionais, a limpeza da casa, as compras, os pagamentos, outras pessoas farão.
Mas as questões afetivas, as coisas do coração, somente cada um pode deixar em dia. Aquela visita a um amigo, o abraço de ternura num familiar querido, um beijo carinhoso na esposa ou esposo, uma palavra atenciosa a alguém que precisa, um tempo a mais para dedicar aos amores...



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O Valor de Uma Hora



Um menino, com voz tímida e olhos cheios de admiração pergunta ao pai  quando retornava o trabalho: - Pai, quanto o senhor ganha pôr hora?
O pai num gesto severo respondeu:
- Escuta aqui meu filho, isso nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado!
Mas o filho insiste:  - Mais papai, por favor, diga quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu: Três reais por hora.
- Então papai, o senhor poderia me emprestar 1 real.
O pai cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
- Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho?
Vá dormi e não me  amole mais! Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado.
Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo.
Querendo avaliar sua consciência doída, foi até o quarto do menino e, em  voz  baixa, perguntou: - Filho, está dormindo. - Não papai, o garoto respondeu sonolento e choroso.
- Olha aqui está o dinheiro que me pediu, 1 real.
Muito obrigado papai! - Disse o filho, levantando-se e retirando mais 2  reais de uma caixinha que estava sob a cama.
- Agora já completei, papai! Tenho 3 reais, poderia me vender uma hora de  seu tempo?


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Os Ratos


Ao partir para uma longa viagem, o superior do mosteiro deu aos monges a seguinte recomendação:
- "Cuidem do nosso mosteiro com carinho e austeridade, lembrando-se sempre de levar uma vida simples, respeitando o nosso voto de ter apenas o necessário para a nossa subsistência".
Dentro desse espírito de pobreza, cada monge possuía nada mais do que uma túnica e um par de sandálias.
Nem bem o superior havia partido e o mosteiro foi atacado por uma praga de ratos vorazes, que roíam tudo que encontravam pela frente, não lhes escapando sequer as túnicas e as sandálias, únicas posses dos pobres monges.
- "Precisamos arranjar uns gatos", disse um dos monges, obtendo imediatamente a aprovação de todos para a sua idéia. Os gatos estavam vencendo os ratos, mas tomavam muito leite. Assim, um dos monges sugeriu: - "Seria muito bom se tivéssemos uma vaca..."
E novamente todos concordaram com a idéia.
A vaca fornecia leite com abundância para os gatos, mas também precisava de comer. E por isso os monges resolveram formar um pasto, que para ser plantado e mantido precisou de adubo e ferramentas, que eles providenciaram junto com um paiol que tiveram de construir para armazenar as colheitas e um estábulo para os cavalos que conseguiram para puxar os arados e fazer os transportes...
Passaram-se longos anos e um dia, o superior voltou. No local onde julgava estar o mosteiro, pareceu-lhe ser agora uma próspera fazenda, com um vasto rebanho e muitas plantações.
O superior aproximou-se da cerca e perguntou a alguém que estava por ali trabalhando se ele sabia onde ficava o mosteiro. Ele disse que não sabia do que se tratava, mas ofereceu-se para conduzi-lo até a administração da fazenda, onde certamente poderiam lhe dar alguma informação.
Ao chegar à imponente construção onde funcionava a sede da fazenda, o superior imediatamente reconheceu um dos seus antigos monges e foi logo dizendo: - "Mas o que vem a ser isso tudo? O que foi que vocês fizeram do nosso mosteiro? Eu não lhes recomendei que levassem uma vida simples e sem ostentação, tendo apenas o necessário para a sua subsistência?"
- "Sim...mestre, sim, e era exatamente isso que estávamos fazendo. Mas aí os ratos apareceram..."
Ratos é o que não falta quando a gente está decidido a não crescer, quando quer encontrar de todo jeito um motivo e uma boa explicação que "justifique" um desempenho medíocre em termos de crescimento pessoal. Os ratos sempre vão estar aí mesmo, por toda parte, em abundância e à nossa disposição, quando a gente quer "provar" que não há outro jeito, que não há como ser ou fazer de outra maneira.
A gente até que queria, mas os ratos...

Crescimento pessoal é, em grande parte, um trabalho de dedetização...



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Os Sapinhos


Era uma vez uma corrida de sapinhos.
O objetivo era atingir o alto de uma grande torre.
Havia no local uma multidão assistindo.
Muita gente para vibrar e torcer por eles.
Começou a competição.
Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era:
- "Que pena! Esses sapinhos não vão conseguir! Não vão conseguir".
E os sapinhos começaram a desistir...
Mas havia um que persistia e continuava a subida, em busca do topo.
A multidão continuava gritando:
- "Pena! Vocês não vão conseguir".
E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que continuava tranqüilo, embora arfante.
Ao final da competição, todos desistiram, menos ele.
A curiosidade tomou conta de todos.
Queriam saber o que tinha acontecido.
E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram que ele era surdo.

Não permita que pessoas, com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de seu coração. Lembre-se sempre: há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos.



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Os Segredos da Boa Comunicação



Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.
Logo que despertou, mandou chamar um  adivinho para que interpretasse seu sonho.
- "Que desgraça, senhor! Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa Majestade".
- "Que insolente! Como te atreves a dizer semelhante coisa? Fora  daqui!!!”
O sultão chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
- "Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes”.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho.
Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
- "Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro".
- "Lembra-te, meu amigo”... - respondeu o adivinho - “Tudo depende da maneira de dizer...”

Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida, mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.
A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvermos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.


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Os Sete Pecados Capitais



Certo dia, um casal ao chegar do trabalho encontrou algumas pessoas dentro de sua casa.
Achando que eram ladrões, marido e mulher ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês? - pergunta a mulher.
- Eu sou a preguiça - responde o homem másculo.
- Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como pode você ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? - indagou a mulher.
- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela, ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada, que mais parecia uma bruxa diz:
- Eu, meus filhos, sou a luxúria.
- Não é possível! - diz o homem
- Você não pode atrair ninguém com essa feiúra.
- Não há feiúra para a luxúria, queridos.  Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte. Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.
E um mau-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que mais parecia um mendigo, diz: - Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria. Sou tão antigo quanto a luxúria, mas eu não dependo dela para existir.
- E eu, sou a gula! - diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima. Seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos.
Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz: - Sempre imaginei que a gula seria gorda.
- Isso é o que vocês pensam! - responde ela. - Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar na busca da luxúria.
Sentado em uma cadeira num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
- Eu sou a ira. Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem, nem mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! - diz a dona da casa.
- E a grande maioria me tem! - responde o vovô.
- Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar, provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a inveja. Faço parte da história do homem desde a sua criação - diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
- Como inveja, se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja?- diz a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que  não são nada disso, mas eu estou entre todos. A inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. Felicidade depende de amor, e isso é o que de mais carece a humanidade... Onde eu estou, está também a tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que aparentava cerca de cinco a seis anos, brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade, olhos vívidos...
- E você, garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo: - Eu sou o orgulho.
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança! Tão inocente como todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz: - O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui, quer brincar comigo?
A preguiça interrompe a conversa e diz: - Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
O homem da casa responde: - Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto e lá fazem várias considerações.
Dez minutos depois retornam.
- E então? - pergunta a gula.
- Queremos que o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão dirige-se para a saída.
Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto quando o homem da casa pergunta: - Ei! Vocês vão embora também?
O Menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz: - Escolheram que o orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha. PORQUE:
Onde não há orgulho, não há preguiça pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazerem para viver, não percebendo que na verdade vegetam.
Onde não há orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores.
Onde não há orgulho, não há cobiça pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro.
Onde não há orgulho, não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições e jamais admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos desejos.
Onde não há orgulho, não há ira, pois os irosos com facilidade destroem aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.
Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio seja ele qual for; precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança.


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Os Três Conselhos


Um casal de jovens recém-casados era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior.
Um dia, o marido fez a seguinte proposta à esposa: “Querida, eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, vou arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você.
Assim sendo, o jovem saiu.
Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar em sua fazenda. Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito. Sendo assim, pediu para fazer um pacto com o patrão e este aceitou. Ele disse: “Patrão, eu peço só uma coisa para o senhor. Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e, quando eu achar que eu devo ir embora, o Senhor me dispensa das minhas obrigações. Eu não quero receber logo o meu salário, peço que o Senhor o coloque na poupança até o dia em que eu sair daqui. No dia em que eu sair, o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho”.
Tudo combinado, aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse: “Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa”.
O patrão então lhe disse: “Tudo bem, nós fizemos um pacto e eu vou cumprir, só que antes eu quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?”
E o jovem disse que poderia fazê-la.
O patrão lhe disse: “Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro, eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vai pro seu quarto, pensa durante a noite e depois você vem e me dá a resposta”.
O rapaz pensou durante dois dias e depois procurou o patrão e lhe disse: “Patrão eu quero os três conselhos”.
O patrão lhe disse: “Se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro”.
E o jovem lhe disse: “Eu quero os conselhos”. O patrão então lhe falou:
01) Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
02) Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal.
03) Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você se pode arrepender e ser tarde demais.
Após dar os três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim: “Rapaz, aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com a sua esposa, quando chegar em sua casa”.
O rapaz saiu para seguir o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.
Andou durante o primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe perguntou: “Pra onde você vai?” Ele respondeu:  “Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada”. O viajante lhe disse: “Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço um atalho e você vai chegar em  poucos dias. O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou do primeiro conselho do seu patrão:
01) “Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais  curtos e desconhecidos podem custar a sua vida”; então voltou e seguiu o seu  caminho. Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada. Depois de alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde pôde hospedar-se. Pagou a diária e, após tomar um banho, deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho:
02) “Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal”; Voltou, deitou-se e dormiu. Ao amanhecer, apos tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido. O hospedeiro disse: “E você não ficou curioso?” Ele disse que não. Então o hospedeiro lhe falou: “Você foi o único que saiu vivo daqui, pois eu sou louco e grito durante a noite e, quando o hóspede sai eu o mato”, e lhe mostrou vários cadáveres. O rapaz seguiu a sua longa caminhada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça da sua casinha, andou e logo viu  entre os arbustos a silhueta da sua esposa. O dia estava escurecendo, mas ele pode ver que a sua esposa não estava só. Andou mais um pouco e viu  que a sua esposa tinha, sentado em seu colo, um homem a quem ela estava acariciando os cabelos. Quando ele viu aquela cena o seu coração se derreteu de ódio e amargura e ele decidiu correr ao encontro aos dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo e apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho:
03) “Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você se pode arrepender e ser tarde demais”. Então ele parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte ele tomaria uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse: “Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes eu quero dizer para a minha esposa que eu fui fiel a ela”.
Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Quando a esposa abre a porta e reconhece que é o seu marido, ela se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então com lágrimas ele lhe diz: “Eu fui fiel a você e você me traiu”.
Ela, espantada, lhe respondeu: “Como? Eu não o traí, antes o esperei durante esses vinte anos”.
Ele lhe perguntou: “E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?”
E ela lhe disse: “Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava grávida e hoje ele está com vinte anos de idade”.
Então o marido entrou, conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café e, então, se sentaram para tomar o café e comer o último pão.
Após a oração de agradecimento e lágrimas de emoção ele parte o pão, e ao parti-lo, ali estava todo o seu dinheiro!


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Os Verdadeiros Amigos


Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada.
Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente. Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição...
A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, eles avistaram um portão todo magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.
O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada.
- Bom dia! - ele disse.
- Bom dia! - respondeu o homem.
- Que lugar é este, tão lindo? - Ele perguntou.
- Isto aqui é o céu! - foi a resposta.
- Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede! - disse o homem.
- O senhor pode entrar e beber água à vontade! - disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
- Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.
- Lamento muito... - disse o guarda. - Aqui não se permite a entrada de animais.
O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho.
Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi-aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.
À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo:
- Bom dia! - disse o caminhante.
- Bom dia! - disse o homem.
- Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.
- Há uma fonte naquelas pedras! - disse o homem e indicando o lugar. - Podem beber à vontade.
O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.
- Muito obrigado! - ele disse ao sair.
- Voltem quando quiserem! - respondeu o homem.
- A propósito... - disse o caminhante - qual é o nome deste  lugar?
- Céu. - respondeu o homem.
- Céu? Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante ficou perplexo.
- Mas então... - disse ele - essa informação falsa deve causar grandes confusões.
- De forma alguma! - respondeu o homem - Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar até seus melhores amigos...


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Pegadas na Areia



Sonhei que estava andando na praia com o Senhor e através do Céu passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; um era o meu, e o outro, do Senhor.
Quando a última cena de minha vida  passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes no caminho da minha vida havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos   momentos mais difíceis e angustiosos da minha vida.
Isso aborreceu-me deveras, e então perguntei ao Senhor:
- Senhor,Tu me disseste que, uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre  comigo, todo o caminho. Mas notei que durante as maiores atribulações do meu viver havia na areia dos caminhos da vida apenas um par de pegadas. Não compreendo porque nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu  me deixastes.
O Senhor respondeu:
- Meu precioso irmão: Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que EU TE CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS.



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Pontinho Preto


Conta-se que um professor preparou sua aula estendendo um grande lençol branco numa das paredes da sala.
À medida que os alunos iam entrando, tinham sua curiosidade despertada por aquele objeto estranho estendido bem à sua frente.
O professor iniciou a aula perguntando a todos o que viam.
O primeiro que se manifestou disse que via um pontinho negro, no que foi seguido pelos demais. Todos conseguiram ver o pontinho negro que fora colocado, de propósito, no centro do lençol branco.
Depois de perguntar a todos se o ponto negro era a única coisa que viam e ouvir a resposta afirmativa, o professor lançou outra questão:
- “Vocês não estão vendo todo o resto do lençol? Vocês conseguem somente ver o pequeno ponto preto, e não percebem a parte branca, que é muito mais extensa?”
Naquele momento os alunos entenderam o propósito da aula: ensinar a ampliar e educar a visão para perceber melhor o conjunto e não ficar atento somente aos pormenores ou às coisas negativas.
Essa é, na maior parte das vezes, a nossa forma de ver as pessoas e as situações que nos rodeiam. Costumamos dar um peso exagerado às coisas ruins, e pouca importância ao que se acontece de bom.



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Sons do Silêncio



Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande mestre com o objetivo de prepará-lo para ser uma grande pessoa.
Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um ano depois, com a tarefa de escrever todos os sons da floresta.
Quando o príncipe retornou ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever todos os sons que conseguira ouvir.
Então disse o príncipe: "Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus..."
E ao terminar o seu relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse a floresta, para ouvir tudo o mais que fosse possível.
Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu à ordem do mestre, pensando: "Não entendo, eu já distingui todos os sons da floresta...
Por dias e noites ficou sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu destingir nada de novo além daquilo que havia dito ao mestre”.
Porém, certa manhã, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira antes. E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou: "Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse..." E, sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo, pacientemente. Queria ter certeza de que estava no caminho certo.
Quando retornou ao templo, o mestre lhe perguntou o que mais conseguira ouvir. Paciente e respeitosamente o príncipe disse:
"Mestre, quando prestei atenção pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra e da grama bebendo o orvalho da noite...
O mestre sorrindo, acenou com a cabeça em sinal de aprovação, e disse:
"Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma grande pessoa. Apenas quando se aprende a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos mudos, seus medos não confessados e suas queixas silenciosas, uma pessoa pode inspirar confiança ao seu redor; entender o que está errado e atender as reais necessidades de cada um. A morte do espírito começa, quando as pessoas ouvem apenas as palavras pronunciadas pela boca, sem se atentarem ao que vai no interior das pessoas para ouvir os seus sentimentos, desejos e opiniões reais. É preciso, portanto, ouvir o lado inaudível das coisas, o lado não mensurado, mas que tem o seu valor, pois é o lado mais importante do ser humano...”



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Sua Vida Muda Quando Você Muda



Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar encontraram na portaria um cartaz enorme no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que impedia seu crescimento na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas, depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.
Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso?
- Ainda bem que esse infeliz morreu!
Um a um, os funcionários, agitados, aproximavam-se do caixão, olhavam o defunto e engoliam em seco. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma. Pois bem, no visor do caixão havia um espelho... e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: Você mesmo!
Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida.
Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida e, você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.

SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA,
QUANDO SUA EMPRESA MUDA,
QUANDO SEUS PAIS MUDAM,
SUA VIDA MUDA QUANDO VOCÊ MUDA!
VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA.



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Pregos na Cerca



Era uma vez um menininho que tinha um mau temperamento.
Um dia o pai lhe deu um saco de pregos e disse-lhe que, para cada vez que ele perdesse a calma, deveria pregar um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 17!!!
Nas semanas seguintes, como ele aprendeu a controlar seu temperamento, o número de pregos pregados na cerca diminuiu gradativamente... Ele descobriu que era mais fácil se conter do que pregar aqueles pregos na cerca.
Finalmente, chegou o dia em que o menino não perdeu a calma mesmo. Ele então falou a seu pai sobre isto e o pai sugeriu que o menino agora tirasse da cerca um prego por cada dia que ele não perdesse a calma.
Os dias passaram e o menininho estava finalmente pronto para dizer a seu pai que tinha retirado todos os pregos da cerca.
O pai então o pegou pela mão e foram até a cerca.
O pai disse: “Você fez muito bem, meu filho, mas, veja só os buracos que restaram na cerca. A cerca nunca mais será a mesma! Quando você fala algumas coisas com raiva, elas deixam cicatrizes como estará aqui. Você pode enfiar a faca em alguém e retirá-la. Não importa quantas vezes você diga desculpe, a ferida ainda estará lá. Um ferimento verbal é a mesma coisa que um ferimento físico. Amigos são como uma jóia preciosa, eles nos fazem sorrir e nos encorajam a suceder; eles nos escutam, eles nos elogiam, e sempre querem abrir seus corações para nós”.



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Uma Lenda Judaica



Deus convidou um rabino para conhecer o céu e o inferno.
Ao abrirem a porta do inferno, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão onde se cozinhava uma suculenta sopa. Em volta dele, estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo tão comprido que lhe permitia alcançar o caldeirão, mas não suas próprias bocas. O sofrimento era imenso.
Em seguida, Deus levou o Rabino para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica a primeira: Havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que todas as pessoas estavam saciadas.
- Eu não compreendo. Disse o Rabino. - Porque aqui as pessoas estão felizes; Enquanto na outra sala sofrem de aflição, se tudo é igual?
Deus sorriu e respondeu:
- Você não percebeu? "É porque aqui elas aprenderam a alimentar uns aos outros”!!!



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Uma Pequena Tigela


Um frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora e o seu neto mais velho de quatro anos.
As mãos do velho homem tremiam, a vista era embaralhada e o seu passo era hesitante.
A família comeu junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa.
A bagunça irritou fortemente seu filho e nora: "Nós temos que fazer algo para o vovô", disse o filho. "Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muito de sua comida no chão".
Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá vovô comia sozinho, enquanto o restante da família desfrutava do jantar.
Desde que o avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de madeira.
Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebia nele uma lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas, quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.
O neto mais velho de quatro anos assistiu a tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira.
Ele perguntou docemente para a criança: "O que você está fazendo?". Da mesma maneira dócil, o menino respondeu: "Oh, eu estou fabricando uma pequena tigela para você e mamãe comerem sua comida, quando eu crescer". O neto mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar.
As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos. Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia ser feito. Naquela noite o marido pegou a mão do vovô e com suavidade o conduziu à mesa familiar. Para o resto de seus dias de vida, ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais, quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou a toalha da mesa havia sujado.

As crianças são notavelmente perceptivas. Os olhos delas sempre observam, suas orelhas sempre escutam, e suas mentes sempre processam as mensagens que elas absorvem. Se elas nos vêem pacientemente providenciar uma atmosfera feliz em nossa casa, para nossos familiares, elas imitarão aquela atitude para o resto de suas vidas.
O pai sábio percebe, diariamente, que o alicerce está sendo construído para o futuro da criança. Sejamos sábios construtores de bons exemplos de comportamento de vida em nossas funções.


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Lingerie

(Ann Wells)


Meu cunhado abriu a última gaveta da cômoda e retirou um pacote embrulhado com papel de seda.
"Isto", ele disse, "não é combinação. Isto é uma lingerie."
Ele desembrulhou e entregou-me a peça. Era linda, de seda, feita a mão e bordada com rendas. A etiqueta de preço, com um desenho enorme, ainda estava afixada na peça.
"Jan comprou-a na primeira vez que estivemos em Nova Iorque, há uns 8 ou 9 anos atrás. Ela nunca usou-a. Ela estava guardando-a para uma ocasião especial. Bem, acho que agora é a ocasião."
Ele pegou a peça das minhas mãos e colocou-a na cama junto com as outras roupas que separamos para levar à funerária. Ele acariciou a peça por um momento, bateu a gaveta, virou-se para mim e disse:
"Nunca guarde nada para uma ocasião especial. Todo dia é uma ocasião especial."
Fiquei relembrando aquelas palavras durante o funeral e os dias que se seguiram, quando os ajudei, ele e minha sobrinha, a superarem a tristeza que segue a uma morte inesperada. Fiquei pensando neles durante o vôo de volta para a Califórnia. Pensei em todas as coisas que a minha irmã não pode ver, ouvir ou fazer. Pensei nas coisas que ela fez sem perceber como elas foram especiais.
Ainda continuo pensando nas palavras dele, elas mudaram minha vida. Estou lendo mais e espanando menos. Fico sentada na cadeira admirando a vista do jardim sem a neura de ficar arrancando as ervas daninhas. Estou gastando mais tempo junto com a minha família e amigos e menos tempo em reuniões de comitês.
Sempre que possível, a vida deveria ser uma experiência a ser saboreada, e não uma prova. Estou tentando reconhecer estes momentos e usufruí-los. Não estou "guardando" nada; usamos todas as nossas porcelanas chinesas e os cristais para todos os eventos especiais como: perder alguns quilos, consertar um vazamento da pia, para a primeira florada das camélias. Visto o meu terno preferido para ir ao mercado quando sinto vontade.
Minha teoria é: se sinto que está sobrando dinheiro gasto U$ 28,49 em um pequeno pacote de guloseimas sem pestanejar. Não estou guardando meu melhor perfume para festas especiais; os caixas em lojas e atendentes em bancos tem narizes que funcionam tão bem quanto os dos meus amigos de festas. "Algum dia" e "um dia desses" estão perdendo a importância no meu vocabulário.
Se for útil ver, ouvir e fazer, quero ver, ouvir e fazer agora. Não sei o que a minha irmã teria feito se soubesse que estaria aqui para o amanhã a que todos nós fomos permitidos. Acho que ela teria ligado para todos da família e a alguns amigos íntimos. Poderia ter ligado para antigos amigos para se desculpar e reparar brigas do passado sem importância. Penso que ela teria ido jantar em um restaurante chinês, sua comida favorita. Estou supondo... Nunca saberei...
São essas pequenas coisas deixadas sem fazer que me deixariam brava se soubesse que o meu tempo seria limitado. Brava por ter, algum dia, cancelado encontros com bons Amigos. Brava por não ter escrito cartas que pretendia ter escrito. Brava e arrependida por não ter dito mais freqüentemente ao meu marido e a minha filha o quanto eu realmente os amo.
Estou tentando muito não adiar, impedir, ou guardar alguma coisa que proporcione alegria e brilho a nossas vidas. E toda manhã quando abro meus olhos, digo a mim mesma que isso é especial. Todo dia, todo minuto, todo suspiro é realmente... um presente de Deus.



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A Lição dos Gansos


Quando um ganso bate asas, cria um vácuo para o pássaro seguinte. Voando numa formação em V, o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha.
Lição 1: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade podem atingir seus objetivos mais rápido e mais facilmente, pois estão contando com ajuda de outros. Sempre que um ganso sai de formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho e, rapidamente, volta para a formação, aproveitando a aspiração da ave imediatamente à sua frente.
Lição 2: Se tivermos tanta sensibilidade como um ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos dispomos a aceitar a sua ajuda, assim, como prestar a nossa aos outros. Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e imediatamente, um outro ganso assume seu lugar, voando para a posição de ponta.
Lição 3: É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes uma das outras. Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente a aumentar a velocidade.
Lição 4: Precisamos nos assegurar que o nosso grasno é encorajador e não alguma outra coisa... Quando um ganso fica doente, ferido ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim, eles voltam ao procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás do bando.
Lição 5: Se nós temos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos ao lado dos outros nos momentos difíceis.
Nós seres humanos temos muito que aprender com os animais!
Os animais continuam obedecendo os regulamentos deixados por Deus, apesar de não serem dotados de raciocínio e inteligência!



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Coisas que aprendi na vida,
até agora...


Aprendi que não importa quanto eu me importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
Aprendi que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprendi que falar pode aliviar dores emocionais.
Aprendi que levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la.
Aprendi que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
Aprendi que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprendi que o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
Aprendi que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendi que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam.
Aprendi que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa.
Aprendi que sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas.
Pode ser a última vez que a vejamos.
Aprendi que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Aprendi que não devemos nos comparar com os outros, mas com o melhor que podemos fazer.
Aprendi que não importa onde já cheguei, mas onde estou indo.
Aprendi que não importa o quão é delicado e frágil seja algo, sempre existem dois lados.
Aprendi que leva muito tempo para me tornar a pessoa que eu quero ser.
Aprendi que se pode ir mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Aprendi que ou você controla seus atos ou eles o controlarão.
Aprendi que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprendi que paciência requer muita prática.
Aprendi que existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprendi que meu melhor amigo e eu podemos fazer qualquer coisa, ou nada, e termos bons momentos juntos.
Aprendi que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que lhe ajudam a levantar-se.
Aprendi que há mais dos meus pais em mim do que eu supunha.
Aprendi que quando estou com raiva tenho o direito de estar com raiva.
Mas isso não me dá o direito de ser cruel.
Aprendi que só porque alguém não o ama de jeito que você quer que ele ame, não significa que esse alguém não o ame com tudo que pode.
Aprendi que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprendi que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens ou fora de cogitação.
Poucas coisas são mais humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendi que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprendi que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido; o mundo não pára para que você o conserte.



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Carta do Chefe Seathl


"Após o governo dos Estados Unidos ter demonstrado intenção de adquirir o território da tribo Duwamish, no Estado de Washington, o cacique Seathl escreveu a seguinte carta ao presidente norte-americano Franklin Pierce, em 1855. Esta carta é um relicário de palavras comoventes, que demonstram a sabedoria indígena e o apego dos índios à terra".
O grande chefe de Washington mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também de sua amizade sua benevolência . Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Porém, vamos pensar em tua oferta, pois sabemos que se não o fizermos o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe em Washington pode confiar no que o chefe Seathl diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como podes comprar ou vender o céu - o calor da terra? Tal idéia é-nos estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água. Como podes então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre o nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada uma folha reluzente, todas as praias arenosas, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual a outro. Porque ele é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua amiga, e depois de exauri-la, ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai, sem remorsos de consciência. Rouba a terra dos seus filhos. Não respeita. Esquece as sepulturas dos antepassados e o direito dos filhos. Sua ganância empobrecerá a terra e vai deixar atrás de si os desertos. A vista de tuas cidades é um tormento para os olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem um lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é para mim uma afronta contra os ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo, à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho. Porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar - animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição. O homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser certo de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonadas pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso do que um bisão que nós, os índios, matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto fere a terra fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, e envenenam seu corpo com alimentos doces e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, até mesmo uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que tem vagueado em pequenos bandos nos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos que o homem branco talvez venha um dia a descobrir: O nosso Deus é o mesmo Deus. Julgas, talvez que o podes possuir da mesma maneira como desejas possuir a nossa terra. Mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira. E quer bem igualmente ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. E causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo seu criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua poluído a tua própria cama e hás de morrer uma noite, sufocado nos teus próprios desejos! Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos silvestres, quando as matas misteriosas federem à gente, e quando as colinas escarpadas se encherem de mulheres a tagarelar - onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça do fim da vida e do começo da luta para sobreviver...
Talvez compreenderíamos se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferece às suas mentes para que possam formar os desejos para o dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos, temos de escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos, é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem e pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças como era a terra quando dela tomaste posse. E com toda a tua força, o teu poder, e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.



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Aprender


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas...
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vôo.
Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se você ficar exposto por muito tempo...
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte. E que realmente tem valor!



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O Amigo



"Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor, solicito permissão para ir buscá-lo" - disse um soldado ao seu tenente.
"Permissão negada." - replicou o oficial - "Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto.
"O soldado, ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial estava furioso:
- "Já tinha te dito que ele estava morto!!! Agora eu perdi dois homens!".
"Diga-me: Valeu a pena ir lá para trazer um cadáver?"
E o soldado, moribundo, respondeu: "Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pode me dizer":
"Tinha certeza que você viria!"

UM AMIGO É AQUELE QUE CHEGA QUANDO TODO O MUNDO JÁ SE FOI!!!



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Ser Jovem

(General Mac Arthur – 1945)


A juventude não é um período de vida; ela é um estado de espírito, uma qualidade da imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto da aventura sobre o amor ao conforto.
Não é por ter vivido um certo número de anos que envelhecemos; envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal.
Os anos enrugam o rosto; renunciar ao ideal enruga a alma. As preocupações, as dúvidas, os temores e os desesperos são os inimigos que lentamente nos inclinam para a terra e nos tornam pó antes da morte.
Jovem é aquele que se admira, que se maravilha e pergunta, como a criança insaciável: E depois? Que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida.
És tão jovem quanto a tua fé. Tão velho quanto a tua descrença. Tão jovem quanto a tua confiança em ti e a tua esperança. Tão velho quanto o teu desânimo. Será jovem enquanto te conservares receptivo ao que é belo, bom e grande.
Receptivo às mensagens da natureza, do homem, do infinito.
E se um dia teu coração for atacado pelo pessimismo e corroído pelo cinismo, que Deus, então, se compadeça de tua alma de velho.



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Palavras Sábias


Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço.
Tinha ele um único filho, um único herdeiro, que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos.
O que ele mais gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser   bajulado pôr eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam.
Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.
Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados que construíssem um pequeno celeiro e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres:
"Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai".
Mais tarde chamou o filho, o levou até o celeiro e disse:
"- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro...
Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de você. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me  dado ouvidos.
E pôr isso que eu construí esta forca, sim, ela é para você, e quero que  você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela".
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como  se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a  própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia  sido um tolo, lembrou-se do pai e começou a chorar e dizer:
- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido teus conselhos, mas agora é tarde, tarde demais.
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava.
A passos lentos, dirigiu-se até lá e, entrando, viu a forca e a placa empoeirada e disse:
- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me restas mais nada.
Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:
- Ah se eu tivesse uma nova chance...
Então pulou, sentiu pôr um instante a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, o rapaz então caiu no chão, e sobre ele caiam jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes. A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
- Essa é a sua nova chance, eu te amo muito. Seu pai.



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O Alpinista


Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu depois de muitos anos de preparação escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade. Começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, e por que não havia se preparado para acampar, resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo.
Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar uma palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada! Tudo era escuridão. Zero de visibilidade. Não havia Lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.
Subindo por uma "parede" a apenas 100 m. do topo ele escorregou e caiu ... Caia a uma velocidade vertiginosa. Somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo ... e nesses angustiantes momentos passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que já havia vivido em sua vida.
De repente ele sentiu um puxão forte, que quase o partiu pela metade. Shack!...Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.
Nesses momentos de silêncio suspendido pelos ares na completa escuridão, não havia nada a fazer a não ser gritar:
— Ó meu Deus, me ajude!
De repente uma voz grave e profunda vinda dos céus respondeu:
— O que você quer de mim meu filho?
— Me salve meu Deus por favor?
— Você realmente acredita que eu possa te salvar?
— Eu tenho certeza meu Deus!
— Então, corte a corda que te mantém pendurado ... Ouve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso morreria...
Conta o pessoal de resgate que ao realizar as buscas encontrou um alpinista congelado, morto, agarrado com força com suas duas mãos a uma corda.... a somente meio metro do chão...


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Os Relacionamentos São
Como Uma Plantinha

(Texto extraído do Livro: Liberdade de Ser, Autora: Eliane de Araujo)


Depois que a plantinha morre, não adianta olharmos para ela e pedirmos perdão por termos esquecido de aguá-la.
O amor é uma planta delicada que precisa de constante atenção. As brigas fazem com que as folhas sejam arrancadas com violência. Quando só sobrar o caule e a planta não tiver mais por onde respirar, ela morre.
O namoro é essencial para o relacionamento. "Casal que dá certo namora!". Por orgulho ou até preguiça, desperdiçamos aqueles que poderiam ser os momentos mais importantes de nossas vidas.
Há quanto tempo você não segura a mão da pessoa amada?
Há quanto tempo não se olham nos olhos, sentindo aquele alguém especial que você conheceu um dia?
Há quanto tempo dos seus lábios não saem as palavras "eu amo você"?
Há quanto tempo suas mãos não sentem a leveza de presentear com uma flor?
Há quanto tempo você não se perfuma ou se pinta ou se veste de uma maneira especial para conquistar o seu amor?
Por que não tomar a atitude de uma reconquista?
Reconquistar a pessoa amada, sim. Ou será que você até já esqueceu que ama? Precisará a vida separá-los, como acontecerá inevitavelmente um dia para acordá-lo do torpor da rotina?
Que tal colocar um bilhete escondido no sapato dele ou dela, dizendo: - Ei! Você é especial para mim. Ou no espelho do banheiro: - Eu amo você! Você se lembra do último beijo apaixonado que deu em seu amor, ou permitiu que o fantasma da rotina e preocupações encobrissem aqueles sentimentos tão especiais?
Você terá a coragem de assumir a sua distração e assumir a atitude da reconquista? Conseguirá superar o teu orgulho e tua vaidade de olhar nos olhos do ser amado e soar palavras sinceras de amor, já esquecidas?
De sugerir um passeio ao luar ou ao cinema e pegar novamente com delicadeza em suas mãos como faziam antes? Ser romântico é extravasar a sensibilidade da alma através de gestos sutis, leves e poéticos.


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O Mal Existe?


A história de hoje é de um professor ateu que desafiou os seus alunos com a seguinte pergunta:
- Deus fez tudo que existe?
E um aluno respondeu corajosamente:
- Sim, fez.
- Deus fez tudo mesmo? - perguntou o professor novamente
- Sim, professor - respondeu-lhe o jovem.
- Pois bem, se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe. E considerando que nossas ações são o reflexo de nós mesmos, então Deus é mal.
O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, vangloriava-se de haver provado mais uma vez que a fé era um mito e que não deveríamos ter fé.
Outro estudante, levantou a sua mão calmamente e disse:
- Professor, eu poderia lhe fazer uma pergunta?
- Sem dúvida - respondeu-lhe o mestre.
O Jovem ficou de pé e disse:
- O frio existe professor?
- Mas que pergunta é essa meu amigo? Claro que existe, ou você por acaso nunca sentiu frio?
E o rapaz disse-lhe:
- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da física, o que consideramos frio é na verdade ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo possua ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor. Todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos com a ausência de calor. E a escuridão, existe mestre?
E o professor respondeu-lhe:
- É claro que sim
- E o aluno novamente retrucou o mestre:
- Novamente, o senhor se engana. A escuridão tampouco existe. A escuridão na verdade é a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O Prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores em que ela se compõe, só que com os seus diferentes comprimentos de onda. Só que a escuridão, bem, a escuridão não é bem assim. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina as superfícies que a luz toca. Como se faz para determinar o quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente neste local, não é mesmo? A escuridão, portanto, é um termo que o ser humano criou para descrever quando há a ausência de luz naquele momento.
- Finalmente, o jovem estudante pergunta ao mestre:
- Professor, diga-me agora: o mal existe?
- Claro que existe! Como falei no início da aula, vemos roubos e violência diariamente em todas as partes do mundo. Essas coisas são sem sombra de dúvida o mal.
E o estudante novamente respondeu:
- Professor, o mal não existe, ou ao menos, não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus em cada ser humano. E é como nos casos anteriores, é um termo que o ser humano criou para descrever essa ausência de Deus. Portanto, Deus não criou o mal, mas nós sim, ou praticamos em livre arbítrio. Não é como a fé ou o amor que existem ou como a luz e o calor. O Mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio, que surge quando não há calor, ou a escuridão, que acontece quando não há luz em nossas vidas.


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A Maior Bronca Que Já Levei
Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu?
Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.
"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez", disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.
"Desde que comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
O interessante é que esta percentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores.
Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de...".
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?
Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.
Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.



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Escola da Vida

Um sábio atravessava de barco um rio e, conversando com o barqueiro, perguntou:
- Diga-me uma coisa: você sabe botânica?
O barqueiro olhou para o sábio e respondeu:
- Não muito, senhor. Não sei que história é essa.
- Você não sabe botânica, a ciência que estuda as plantas? Que pena! Você perdeu parte de sua vida.
O barqueiro continua remando; pergunta novamente o sábio:
- Diga-me uma coisa: você sabe astronomia?
O coitado do caiçara coçou a cabeça e disse:
- Não senhor, não sei o que é astronomia.
- Astronomia é a ciência que estuda os astros, o espaço, as estrelas. Que pena! Você perdeu parte da sua vida.
E assim foi perguntando a respeito de cada ciência: astrologia, física, química, e de nada o barqueiro sabia. E o sábio sempre terminava com seu refrão: "Que pena! Você perdeu parte da sua vida". De repente, o barco bateu contra uma pedra, rompeu-se e começou a afundar. O barqueiro perguntou ao sábio:
- O senhor sabe nadar?
- Não, não sei.
- Que pena, o senhor perdeu a sua vida...


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Não é Engraçado?

Não é engraçado como R$1,00 parece tanto quando o levamos à Igreja e tão pouco quando vamos ao shopping?
Não é engraçado como uma hora é tão longa quando servimos a Deus, mas Tão curta quando assistimos um jogo de futebol ou nos divertimos?
Não é engraçado como duas horas na Igreja parecem mais longas do que quando assistimos um filme?
Não é engraçado como não achamos as palavras quando oramos, mas elas Estão sempre na ponta da língua para conversarmos com um amigo?
Não é engraçado como ficamos excitados quando um jogo vai para a prorrogação, mas reclamamos quando o sermão dura mais que o normal?
Não é engraçado que achamos cansativo ler um capítulo da Bíblia, mas é fácil ler 100 paginas do último romance de sucesso?
Não é engraçado como queremos sempre as cadeiras da frente no teatro ou num show, mas sempre sentamos no fundo da Igreja?
Não é engraçado como precisamos de 2 ou 3 semanas de antecedência para agendar um compromisso na Igreja, mas para outros programas estamos sempre disponíveis?
Não é engraçado como temos dificuldade de aprender a evangelizar, e como é fácil aprender e contar a última fofoca?
Não é engraçado como acreditamos nos jornais, mas questionamos a Bíblia?
Não é engraçado como todo mundo quer ir para o céu desde que não tenha que acreditar, dizer ou fazer nada?
Não é engraçado como mandamos milhares de piadas pelo e-mail que se espalham como um incêndio, mas quando mandamos mensagens sobre o Senhor não reenviamos para ninguém?
Não é engraçado? Não.
É triste!


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O Furo no Barco

Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer. Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso:
- O senhor já me pagou pela pintura do barco! - disse ele.
- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Ah!, mas foi um serviço tão pequeno... Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo. Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua "pequena" boa ação.
Não importa para quem, quando ou de que maneira: mas, ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.


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O Paradoxo do nosso tempo

Pois o grande paradoxo de nosso tempo é que:
Temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos.
Auto-estradas mais longas e largas, mas pontos de vistas mais estreitos.
Gastamos mais, mas temos menos.
Nós compramos mais, e desfrutamos menos.
Temos casas maiores, e famílias menores.
Mais conveniências, mas menos tempo.
Temos mais graus acadêmicos, mas menos senso.
Mais conhecimento, e menos poder de julgamento.
Mais proficiência, porém, muito mais problemas.
Mais medicina, e menos saúde...
Bebemos de mais, fumamos de mais.
Gastamos de forma perdulária, rimos de menos,
Dirigimos rápido de mais, nos irritamos muito facilmente.
Ficamos acordados até mais tarde, e acordamos cansados em demasia.
Raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo de mais diante da TV, e raramente oramos ou agradecemos a Deus.
Multiplicamos nossas posses, somente reduzimos os nossos valores.
Falamos de mais, e amamos raramente... Odiamos com muita freqüência.
Aprendemos como ganhar a vida, mas não aprendemos a viver essa vida.
Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos.
Já fomos à lua e dela voltamos, mas temos dificuldades de atravessar a rua, e encontrarmos quem sabe até com o nosso vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não o espaço interior.
Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores em nossas vidas.
Limpamos, purificamos o ar, mas poluímos a nossa alma.
Dividimos o átomo, mas não os nossos preconceitos.
Escrevemos mais, e aprendemos menos.
Planejamos mais, e realizamos menos.
É, na nossa vida aprendemos a correr contra o tempo, mas não esperar com paciência.
Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.
Temos mais comidas, mas menos apaziguamento, ou quem sabe, nem uma qualidade de vida.
Construímos maiores computadores, para guardar mais informações, para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação na vida.
Tivemos avanços na quantidade, mas não na qualidade.
Esses são tempos de refeições rápidas, e digestão lenta.
De homens altos, e caráter baixo.
Lucros expressivos, mas relacionamentos rasos.
Esses são tempos em que se almeja a paz mundial, mas perdura a guerra nos lares.
Temos mais lazer, mas menos diversão.
Maior variedade de em tipos de comida, mas menos nutrição dos organismos.
São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios.
De residências mais belas, mas lares verdadeiramente quebrados.
São dias de viagens rápidas, fraudas descartáveis, moralidade também... descartável.
Ficadas de uma só noite.
Corpos acima do peso.
Pílulas que fazem de tudo, alegrar, aquietar... Matar.
É um tempo em que há muito na vitrine, e nada no estoque.


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O Sapato

Um dia um homem já de certa idade abordou um ônibus. Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora. A porta se fechou e o ônibus saiu; então ficou impossível recuperá-lo. O homem tranqüilamente retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.
Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou:
- Notei o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato?
O homem prontamente respondeu
- De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.
O homem mostrou ao jovem que não vale a pena agarrar-se a algo simplesmente para possuí-lo e nem porque você não deseja que outro o tenha.
Perdemos coisas o tempo todo. A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer em nossa vida.
Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor. Todos temos que decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida ou se estariam melhor com outros.


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Para quê Gritar?

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
"Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?", questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
"Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
"Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?"
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".



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A Arte de Calar

Calar sobre sua própria pessoa, é Humildade!
Calar sobre os defeitos dos outros, é Caridade!
Calar quando a gente está sofrendo, é Heroísmo!
Calar diante do sofrimento alheio, é Covardia!
Calar diante da Injustiça, é Fraqueza!
Calar quando o outro está falando, é Delicadeza!
Calar quando o outro espera uma palavra, é Omissão!
Calar, e não falar palavras inúteis, é Penitência!
Calar quando não há necessidade de falar, é Prudência!
Calar, quando Deus nos fala no coração, é Silêncio!
Calar diante do mistério que não entendemos, é Sabedoria!

Quando na escuridão da noite procuramos Deus, e não encontramos...
É porque não o procuramos, em nossos corações...
Lembre-se que ele jamais abandona seus filhos...
Um lindo dia... e uma noite com muita Paz...
E a certeza que Jesus está em nosso coração.


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Vislumbres do Criador

O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram a frente. Por quê? Porque de outra forma seria difícil para esse animal levantar-se, por causa do seu peso. Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as vacas, as traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira? Deus.
Esse mecanismo Deus que coloca um punhado de argila no coração da terra e através da ação do fogo transforma-a em formosa ametista de alto valor. Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo, e, mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!
Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias?
Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano. Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta. Aquele que nos criou pode também nos dirigir. Somente aquele que fez o cérebro e o coração pode guiá-los com êxito para um alvo útil. A insondável sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam: A melancia tem número par de franjas. A laranja possui número par de gomos. A espiga de milho tem número par de fileiras de grãos. O cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par; a seguinte terá número ímpar. Á ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par, e é admirável que Jesus, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente números pares: 30, 60, e 100. Pela sua maravilhosa sabedoria e graça, é assim que o Senhor determina à vida que cumpra os propósitos e os planos dele. Somente a vida sob o cuidado divino está a salvo de contratempos.
Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: Enormes árvores, pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes. Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação a fim de aplicá-lo em edifícios e pontes.
Mas há maravilha ainda maior. O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio, ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.
Esses são apenas alguns vislumbres de um Deus sábio e amoroso. Esse mesmo Deus que realiza tais maravilhas no mundo que Ele criou, pode também efetuar em nós um milagre ainda muito maior. Ele pode dar-nos um novo nascimento, fazendo novas todas as coisas. Ele pode tomar nossa vida triste, inútil e insípida, e torná-la alegre, útil e plena de significado para a glória dEle.


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